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Curso

Documentário

Contemporâneo

& Roteiro

Um panorama crítico e histórico da produção

de documentários nacionais e internacionais

Análise e criação de roteiros para longa-documentário

Pitching de projeto individual com profissionais

do mercado audiovisual

  • 12 aulas

  • 36 horas

  • Jun - Set

Contexto do curso:

Nos últimos anos, a cultura do documentário (doc.) cresceu visivelmente do ponto de vista quantitativo mas, sobretudo, na qualidade e riqueza das suas abordagens e estilos.

 

O objetivo do curso é explorar essa riqueza, oferecendo informações essenciais e instrumentos de análise para elaboração de novos roteiros - alinhados, em narrativa e estética - com a produção documental contemporânea.

 

Ao final dos três meses de curso, cada aluno terá desenvolvido com todo o rigor técnico, o projeto de um longa-documentário.

 

Nas duas últimas aulas, o aluno terá a oportunidade de apresentar seu trabalho para uma banca, formada por dois ou três profissionais do mercado audiovisual. O objetivo é reproduzir as características dos "Pitchings" realizados por canais de TV e órgãos públicos a fim de selecionar novos projetos de documentários.

Metodologia:

As aulas serão baseadas em três grandes eixos de informação:

1) história dos documentários

2) conceitos e princípios básicos da escrita de projetos e roteiros

 3) desenvolvimento individual de projeto de um longa-documentário

 

Os grandes momentos da história do documentário serão analisados através de filmes representativos de um movimento, época e/ou determinado autor.

 

A cada semana, os documentários deverão ser assistidos previamente pelos alunos para discussão e análise posterior durante as aulas. Além dos filmes, textos analíticos (críticas, entrevistas e ensaios) reforçarão o debate sobre cada obra.

 

As aulas serão divididas em duas partes:

Teoria & História e Prática do Projeto Individual

(embora seja inevitável e desejável o entrelaçamento de ambas)

Conteúdo das Aulas:
#1
Primórdios
PARTE I:

Discussão do conceito de documentário. As muitas definições são sempre comparativas com os filmes de ficção (Fiction x Non-fiction film). Essa oposição é bastante discutível e questionável desde os primórdios da história do cinema. Afinal, documentário também é construção de linguagem cinematográfica.

 

PARTE II:

O que dá um filme?

Ideia x Projeto Audiovisual

FILMOGRAFIA:

Primeiros Filmes, irmãos Lumiére, 1895

Nanook of the North, Robert Flaherty, 1922

Um homem com uma Câmera, Dziga Vertov, 1929

#2
A Escola Inglesa
PARTE I:

Anos 1920/30

O cinema de John Grierson busca uma finalidade social, uma educação pública através do cinema. O cinema como poderoso instrumento na difusão de valores cívicos e na formação da cidadania. Para Grierson, a realidade essencial e subjacente depende de um trabalho de elaboração.

 

PARTE II:

A elaboração de Projetos e Bíblias Audiovisuais.

Os textos mais comuns de apresentação dos projetos em Editais:

Sinopse, justificativa, linguagem e formato, visão do diretor, cronograma e orçamento

FILMOGRAFIA:

Drifters, Grieson, 1928

Night Mail, Harry Watt, 1936

#3
Novas técnicas, linguagens e estilos
PARTE I:

O advento do cinema falado. O gravador Nagra sincroniza e torna direta a captação de imagem e som. A entrada das câmeras de vídeo, pequenas, leves e de fácil manuseio no final dos anos 1970 e início dos 80. As novas tecnologias digitais.

 

PARTE II:

Projetos e Bíblias Audiovisuais II.

Convenções x Métodos próprios, individuais e orçamento

FILMOGRAFIA:

Primary, Robert Drew, 1960

Crisis, Robert Drew, 1963

#4
Cinema direto / Cinema verdade
PARTE I:

Câmeras leves na mão e gravador Nagra: inovações tecnológicas ampliam a linguagem cinematográfica. Cinema Direto: a observação como postura (estratégia) de apreensão do real e construção da dramaturgia. Cinema Verdade: a observação participante usando-se da câmera como elemento provocador de situações reveladoras. O diretor é um participante assumido, ao provocar a “crise“.

 

PARTE II:

O processo de criação.

Como nasce uma ideia.

Filmes autorais / projetos pessoais x filmes por demanda.

A criação e a essencialidade da pesquisa

FILMOGRAFIA:

Eu, um negro, Jean Rouch, 1957

Crônicas de um Verão, Jean Rouch, 1961

Don’t Look Back, D. A. Pennebaker, 1967

#5
Docs contemporâneos brasileiros
PARTE I:

Anos 1990: os docs ganham visibilidade - barateamento das câmeras digitais; aumento dos Editais Públicos; criação de festivais específicos sobre o gênero; incremento de teses e publicações especializadas, entre outros motivos. Tendências dos documentários contemporâneos.

 

PARTE II:

Criação e pesquisa II.

O mergulho no tema, a capacidade de observação e "escuta" são fundamentais, na ficção e no doc. Mas, sobretudo, no gênero documental ou híbrido - ficção / documentário.

#6
Dispositivos Narrativos
PARTE I:

O dispositivo como estratégia narrativa e provocador de acontecimentos.

Trata-se de uma maquinação e ativação do real, para potencializar a narrativa do filme. Dispositivos temáticos, de tempo, geográficos, imposição de regras e elementos restritivos

 

PARTE II:

Modalidades de Pesquisa.

Tema / Locações / Pesquisa fílmica / Iconográfica / Pesquisa de textos e documentos históricos / Pesquisa de escritório e Pesquisa de campo

FILMOGRAFIA:

Edifício Master, Eduardo Coutinho, 2002

Acidente, de Cao Guimarães e Pablo Lobato, 2006

As Canções, Eduardo Coutinho, 2011

#7
Docs de Busca
PARTE I:

O filme é o próprio processo de pesquisa para se fazer o filme. O diretor se posiciona na perspectiva do público, que vai aprender e descobrir. A busca incorpora o acaso. O roteiro de filmagem define-se simultaneamente ao próprio processo de filmagem.

 

PARTE II:

Escolhendo os personagens. Carisma, fotogenia e sinceridade.

As estratégias de aproximação da equipe e do diretor.

Não julgar. Entender, processar e dar a ver.

FILMOGRAFIA:

Passaporte Húngaro, Sandra Kogut, 2001

33, Kiko Goifmann, 2003

Diário de uma Busca, Flavia Castro, 2010

#8
Docs de Acompanhamento & Convívio
PARTE I:

O tempo e a convivência “roteirizando” o filme.

Observação e interação moldando o processo e costurando a narrativa.

Processos interativos e altamente dialogais.

 

PARTE II:

Roteiro imaginário X Roteiro de montagem.

O roteiro final é escrito na montagem do filme. Os resultados das filmagens, surpreendem: negam cenas e intenções previstas, oferecem situações e personagens novos.

A clareza conceitual é decisiva para sabermos o que aceitar e o que dispensar, no embate com o real filmado

FILMOGRAFIA:

O prisioneiro da grade de ferro, Paulo Sacramento, 2003

Vocação do Poder, José Joffly e Eduardo Escorel, 2004

O cárcere e a rua, Liliana Sulzbach, 2004

Pan-Cinema Permanente, Carlos Nader, 2008

#9
Docs de Ressignificação de Arquivos
PARTE I:

Os acervos de fotos e filmes pessoais, familiares e das instituições.

Os arquivos digitalizados e a convergência digital.

O remix e a ressignificação de imagens de arquivo. As muitas estratégias narrativas.

 

PARTE II:

Acompanhamento e discussão da construção dos roteiros individuais de cada aluno

FILMOGRAFIA:

Nós que aqui estamos, por vós esperamos, Marcelo Massagão, 1999

Imagens do Estado Novo – 1937/45, Eduardo Escorel, 2016

No intenso agora, João Moreira Salles, 2017

#10
Docs Filme / Ensaio
PARTE I:

Principal característica:

o filme ensaio se pensa a si mesmo, interroga-se. Transforma seu objeto fílmico em uma ideia. A voz ou a presença reflexiva do diretor, muitas vezes, faz-se presente neste tipo de filme. Sua subjetividade é amplamente exposta

 

PARTE II:

Acompanhamento e discussão da construção dos roteiros individuais de cada aluno

FILMOGRAFIA:

Elena, Petra Costa, 2012

Santiago, João Moreira Salles, 2017

#11
A questão ética no doc
PARTE I:

O que vale é a medida humana. As criações de ficção vivem, basicamente, nos limites da obra. Nos docs, a vida prossegue depois da obra. Ninguém sai completamente inalterado da experiência de fazer um doc: nem os protagonistas, nem o diretor e equipe

 

PARTE II:

Acompanhamento e discussão da construção dos roteiros individuais de cada aluno

FILMOGRAFIA:

Segredos da Tribo, José Padilha, 2010

#12
Ficção / Documentários
PARTE I:

O hibridismo de linguagens e gêneros cinematográficos é algo que acompanha a história do cinema desde seus primórdios. Nas últimas décadas, essas fronteiras tornaram-se ainda mais tênues. Nos filmes híbridos imperam a incerteza, a indiferenciação, o diálogo sútil entre documentário e ficção

 

PARTE II:

Fechamento das discussões e construção dos roteiros individuais de cada aluno

FILMOGRAFIA:

Serras da Desordem, Andrea Tonacci, 2006

Jogo de Cena, Eduardo Coutinho, 2007

FilmeFobia, Kiko Goifman, 2008

Agenda:
Início: 19 de junho
Final: 4 de setembro
Quartas-feiras: 19h às 22h
Local:
Rua Ruy Godoy Costa 38
Vila Olímpia - São Paulo - SP
CEP: 04549-030
Investimento:
R$ 3.000,00
12 aulas / 36 horas
filmografia / bibliografia
network profissional
Formas de Pagamento:
À vista / 5% desconto
Depósito
Parcelado / até 5x
Crédito
Associados ABRA / BRAVI
15% desconto
Público:
Interessados em cinema e criação de roteiros. Estudantes ou profissionais do cinema, da televisão, do jornalismo, da fotografia e outras mídias audiovisuais, com interesse na linguagem cinematográfica e que buscam desenvolver e/ou realizar novos projetos no campo documental.
Inscrição:
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Faça sua inscrição! Vagas limitadas.
Clique no link e preencha nosso cadastro:
https://forms.gle/opHzHCUU7Q8W7rQk7
 
Mais informações & dúvidas:
casatriii@gmail.com
WhatsApp / 11 970 951 958
Professor / Orientador:
Bebeto Abrantes é documentarista, roteirista e diretor de centenas de produções televisivas para canais abertos e à cabo do Brasil e do exterior, tais como: TV Globo, Canal Futura, GNT, Multishow, Discovery Kids, Animal Planet, Canal Brasil, TV Cultura, TV Escola, TV Brasil, SESC TV, entre outros. 

Como diretor de filmes de longa-metragem para o Cinema, fez os premiados documentários: “Quando os suíços emigravam – Nova Friburgo 200 anos”,“Caminho do Mar”, "As Batidas do Samba", “Histórias de um Brasil Alfabetizado”, "Até Quando?", “Recife/Sevilha – João Cabral de Melo Neto” e “TV – Quem Faz, Quem Vê”.

Dentre outras inúmeras produções, roteirizou as séries 
7 X Bossa Nova”, “Eco-Aventura: Amazônia” e “Danças Brasileiras”. É criador e roteirista do filme e projeto “3 Antônios & 1 Jobim”, que reuniu o maestro Tom Jobim, além dos não menos renomados: Antônio Callado, Antônio Houaiss e o crítico paulista Antônio Cândido.

Bebeto Abrantes é professor de roteiro da Academia Internacional de Cinema (AIC), no Rio de Janeiro.
Foto - Bebeto 1.JPG
Filmografia de Bebeto:
https://bit.ly/2J4BvzI
Caminho do Mar.jpg
As Batidas do Samba.png
Recife - Sevilha.jpg
3 Antonios 1 Jobim.jpg
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